As ruas manchadas
olhares juízes
sentencia-me
por cada deslize
mesmo que não simpatizes
alimentas esses fetiches
ainda que generalizes
e oiço de longe
na voz de Ulisses
o grunhar que dizes
em murmúrios meretrizes
sobre mim recai
a anarquia que pré-dizes
nos cantos soberbo dos pardais
lanças misseis
traças directrizes
tudo pra a corda
no pescoço pendurares-me
a pele arrancares-me
e eu vejo em teus olhos a fúria
declaração de ódio
nossas mentes dançam
sob efeito do opio
este amor impróprio
trocado pelo orgulho
que enche-te de entulho
dás-me a morte num embrulho
traiçoeiros destinos
analógicos pinos
da vida codificação errada
travada pela tua acção armada
eu enxergo e sinto
o peso que carrego
no lado esquerdo
ignorado por tudo que alego
pois sou analfabeto
no mundo cego
Shia neurose
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