quarta-feira, 28 de maio de 2014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

EXTREMEARTISTA PARTE II


em contra-mão

pinto um cenário mais poético
mais ético
mais estilístico
mais cínico



menos realístico
mas os remendos são críticos
característicos dos sufrágios estatísticos

da ilha dos horrores 
encenação perfeita
para este filme de terror

o pais esta preto
sem o branco como cor
ainda há furor
entoados com o coração este fugor

este sorriso falso
que exprime decadência
falência a inocência
jogados a própria sorte
sem clemencia

prefiro a demência
do que me curvar a subserviência
nove meses foram poucos
mas ilustram o quanto possuo a paciência

podes ditar-me a sentencia
que não farei recorrência
antes morto digno
do que vivo pra vossa experiência

shia neurose

EXTREMEARTISTA PARTE I


As ruas manchadas
olhares juízes
sentencia-me
por cada deslize

mesmo que não simpatizes
alimentas esses fetiches
ainda que generalizes
e oiço de longe
na voz de Ulisses

o grunhar que dizes
em murmúrios meretrizes
sobre mim recai 
a anarquia que pré-dizes

nos cantos soberbo dos pardais
lanças misseis
traças directrizes
tudo pra a corda 
no pescoço pendurares-me
a pele arrancares-me

e eu vejo em teus olhos a fúria
declaração de ódio
nossas mentes dançam 
sob efeito do opio
este amor impróprio

trocado pelo orgulho
que enche-te de entulho
dás-me a morte num embrulho
traiçoeiros destinos
analógicos pinos 

da vida codificação errada 
travada pela tua acção armada
eu enxergo e sinto
o peso que carrego
no lado esquerdo
ignorado por tudo que alego
pois sou analfabeto 
no mundo cego

Shia neurose
 
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